sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Ciberespaço como campo de batalha

Parece coisa de cimema mas não é! Depois do "boom" gerado pelo vírus Stuxnet, criado com o a finalidade de atacar usinas nucleares no Irã, ficou mais que evidente que a internet se tornou um campo de batalha, e este é apenas o começo. O Stuxnet  teria danificado cerca de um quinto das centrífugas iranianas, ajudando a atrasar (mas não destruir)  a habilidade do Teerã em produzir suas primeiras armas nucleares.

O presidente do Mahmoud Ahmadinejad com cientistas no Teerã

Reconhecido como a mais sofisticada ciber-arma já desenvolvida, sendo aparentemente uma obra conjunta de diversos autores espalhados em vários continentes. No entanto, teria havido também cooperação de empresas da iniciativa privada, como a Siemens, que revelou a especialistas do Idaho National Laboratory, dos EUA, informações que permitiram identificar e explorar brechas de segurança bem escondidas em sistemas da empresa que foram exploradas pelo Stuxnet. 


Pegando carona no episódio do Stuxnet, 24 mil arquivos foram roubados do Pentágono esta semana. O Washington Post informou que os arquivos foram roubados de uma empresa terceirizada. Não foi revelado o nome do "Estado-nação" envolvido no ataque, nem a natureza dos arquivos que foram roubados. A admissão da brecha parece servir mais como justificativa para aplicação da nova "Estratégia de Operações no Ciberespaço" do Departamento de Defesa, que tem como base 5 objetivos divulgados no "Strategy for operating in Cyberspace", sendo eles:

1- Tratar o ciberespaço como um "domínio operacional" com forças especialmente organizadas, treinadas e equipadas;

2- Empregar novos conceitos de operação de defesa para proteger as redes e os sistemas do departamento;

3- Trabalhar em parceria com outros departamentos do governo para criar uma estratégia abrangente de cibersegurança;

4- Construir relações com aliados dos EUA e com parceiros internacionais;

5- Recrutar, educar e treinar a "engenhosidade da nação" para ajudar a melhorar a cibersegurança. 

Tal episódio me remete a ideologia dos Estados Unidos de tentar justificar suas ações através do "Foi eles quem começaram". Sempre foi assim, tanto em Hiroshima, quanto no Iraque, e não poderia ser diferente com o Irã. Dizer que alguns Crackers invadiram o Pentágono para justificar emprego de dinheiro público em arsenal virtual, do meu ponto de vista parece fazer muito sentido. O ciberespaço rapidamente vem tomando a forma do mundo real, induzindo as grandes nações a ter controle sobre ele, e utilizá-lo em seu benefício. Isto tudo me leva a acreditar que William Gibson não é um apenas um escritor, é um PROFETA!

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